Atualmente, fala-se muito em trabalho comunitário, voluntariado, cidadania, resgate social. Em virtude das grandes dificuldades vivenciadas pelas comunidades carentes espalhadas por todo território nacional e por existir um desequilíbrio significativo de ações sociais governamentais, o trabalho comunitário vem crescendo vertiginosamente em nosso meio. A própria população brasileira tem procurado se organizar, criando grupos de trabalhos comunitários voltados para soluções de problemas sociais mais imediatos, muitos destes trabalhos já foram responsáveis por resgatar jovens da marginalidade, pela libertação de crianças do trabalho escravo e/ou exploração sexual, resgate da cultura de povos indígenas, diminuição da mortalidade infantil, melhoria da qualidade de vida dos idosos, promoção de novos campos de trabalho produtivos com o resgate da cultura de determinadas comunidades.
Para muitos o trabalho comunitário, tornou-se algo vital, a sobrevivência de determinadas comunidades dependem das ações diárias do agente comunitário, exemplos: a assistência aos jovens carentes de um abrigo, a presença dos agentes de saúde, a efetividade de educadores num processo de qualificação profissional, projetos de trabalhos “Amigos da Escola, projeto Axé e tantos outros.
O trabalho comunitário é aquele que envolve a população de determinada comunidade, para a solução dos seus problemas em comum, bem como, a busca de melhoria da qualidade de vida da população envolvida. Os recursos adquiridos para a solução dos problemas podem vir da própria comunidade, de convênios ou parcerias da iniciativa privada ou patrocinada pelos poderes públicos.
Concordo com Mcknight quando diz que “Trabalho comunitário deve estimular capacidades, não deficiências”. Em suas pesquisas John Mcknight constatou que os projetos que conseguem os maiores benefícios sociais utilizam como ponto de partida os talentos e capacidades dos integrantes da própria comunidade. Estas suas afirmativas podem ser comprovadas pelas informações que tenho obtido nas leituras de artigos em revistas, em programas televisivos, em muitos sites específicos de grupos comunitários existentes que se encontram espalhados por todas capitais e municípios brasileiros.
Apesar de, ainda, não ter participado de trabalhos comunitários diretamente, venho acompanhando a participação efetiva de uma sobrinha no trabalho comunitário que realiza na comunidade do bairro FINSOCIAL. Ela atua como Agente Comunitário de Saúde, o seu trabalho comunitário está vinculado ao Programa de Saúde da Família (PSF) e ao Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
O trabalho realizado pelo agente comunitário da saúde consiste em fazer o cadastramento das famílias da sua área de trabalho; realizar o mapeamento da sua área de trabalho; analisar com a equipe de saúde as necessidades da sua comunidade, participando do diagnóstico de saúde da comunidade; atuar, junto com os serviços de saúde, nas ações de controle das doenças endêmicas (dengue, doença de chagas e outras); atuar nas ações de promoção e proteção da saúde da criança, da mulher, do adolescente, do idoso e dos portadores de deficiência física e de deficiência mental; atuar nas ações de promoção da saúde e prevenção do câncer de mama e câncer do colo do útero, da hipertensão e do diabetes, e outras; estimular a educação e participação comunitária.
O papel do agente comunitário de saúde é o de promover o elo de ligação entre a comunidade e os serviços de saúde, além se tornar o defensor da saúde, de ser mobilizador da comunidade e estar sempre vigilante.
O trabalho do agente comunitário de saúde é um trabalho de construção. Os instrumentos mais utilizados pelo agente comunitário são:
a visita domiciliar – faz parte da rotina de trabalho do agente comunitário
a entrevista;
o cadastramento das famílias;
o mapeamento da comunidade;
as reuniões comunitárias.
O agente comunitário de saúde com seu trabalho ajuda a fazer o diagnóstico da saúde de sua comunidade. Este diagnóstico permite a realização de um trabalho sério de cuidados primários de saúde.
Ao ter um diagnóstico comunitário como ponto de partida para o trabalho em saúde, as ações são planejadas, decididas e realizadas em comum, entre profissionais e comunidade, a partir de uma identificação local do problemas e recursos, de uma adaptação de prioridades do município às políticas de saúde estaduais e federais.
A participação efetiva do agente comunitário de saúde nas comunidades faz com que os cidadãos revejam suas atitudes com relação aos cuidados preliminares que devem ser tomados para garantir uma boa saúde, aprendendo a lutar por seus direitos e elevando sua auto-estima ao perceber que podem mudar a sua condição com cuidados básicos.
O trabalho comunitário se é apenas um modismo, da atualidade, não sei. Posso apenas dizer que este tipo de trabalho está presente em várias comunidades que estão lutando pela realização dos seus direitos básicos de cidadania. São comunidades vencedoras por serem capazes de integrar seus membros na luta por soluções de problemas que lhes são comuns e estão transformando suas realidades.
há bom brigado
ResponderExcluirFaço trabalho comunitário e gostaria de saber o que as pessoas pensam sobre tal ação e qual o espaço que esse trabalho tem no mundo atual. Procurando, não consegui achar textos como o seu, opnativo, o qual corresponde à minha pesquisa, e gostaria de saber quais são os artigos que você diz ter lido para ver se me servem de base. Parabéns pelo blog
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